Depois de deixar sua marca em 1965, no lendário estádio Severiano Gomes Filho, na Pajuçara, Pelé volta a Alagoas pela segunda vez, agora como tricampeão do mundo pela Seleção Brasileira para uma honraria ainda maior: inaugurar o estádio que leva seu nome, fato que ocorreu no dia 25 de outubro de 1970.
Nesta segunda visita, o grande homenageado marcou presença no amistoso entre Santos e Seleção de Alagoas. Com Pelé em campo, o Peixe santista goleou por 5 a 0. A camisa número 10 de Pelé, autografada pelo ídolo naquela partida de inauguração do estádio que leva seu nome, é a prova viva da presença do rei na primeira partida oficial naquele gramado, diante de cerca de 40 mil pessoas.
A badalação sobre a equipe paulista era tão grande que no dia anterior à inauguração, que as autoridades alagoanas ofereceram um jantar aos jogadores do time paulista no Clube Fênix Alagoana. O autor do primeiro gol do estádio foi o meia Douglas. Pelé marcou dois gols e Nenê mais dois, lembrados com clareza 52 anos depois.
Já sobre o batismo (e a mudança repentina) do nome do estádio que se chamaria Governador Lamenha Filho, de acordo com Lauthenay Perdigão, em julho de 1970, quando o Brasil ganhou o tricampeonato mundial no México, foi organizada uma grande festa na Praça dos Martírios. Jornalistas que trabalhavam com o governador disseram que ele ficou entusiasmado com as comemorações e a conquista.
Como Pelé foi o grande nome da Seleção e estava se despedindo das Copas, o governador retirou o seu nome, que seria dado ao estádio, e colocou o nome de Rei Pelé. Essa notícia foi dada pelo rádio e causou grande repercussão no Brasil inteiro. Seria o único Estado em todo o mundo que levaria o nome do maior jogador de todos os tempos.