O projeto ‘Um Quilombo de Baobás’, idealizado pelo Instituto Raízes de Áfricas, chegou ao Sertão de Alagoas, nesta semana. Executado em parceira com o Coletivo Cultural Quilombos e apoiado pela Secretaria de Estado da Comunicação (Secom/AL), o projeto, através da plantação de baobás, fomenta os quilombos como territórios sagrados de histórias e geografia de lutas.
Segundo Arísia Barros, coordenadora do Instituto Raízes de Áfricas, nada mais significativo do que o plantio da árvore sagrada, referendada nas culturas africanas tradicionais, como forma da lembrar que é preciso enraizar nossas energias ancestrais e cuidados no território. Para ela, o Baobá carrega a conexão entre o espaço da existência humana e o território da sacralidade.
“A gente tem poucos recursos, mas, coragem de enfrentar as lutas a gente tem de sobra, E plantar essa árvore é como falar em liberdade”, afirmou Kelly Damasceno, presidente do Coletivo.
Sobre a comunidade – Comunidade Remanescente Quilombola Lagoa do Algodão, fica na Zona Rural de Carneiros e foi certificada pela Fundação Cultural Palmares, portaria nº 162, de 21 de dezembro de 2010. Lá, vivem em torno de 70 famílias.