Profissionais da saúde são treinados sobre novas estratégias de combate à hanseníase

Por Redação Secretaria de Estado da Saúde

20/05/2022 -

09:54h

Foto: Olival Santos

A Secretária de Estado da Saúde (Sesau), por meio do Ministério da Saúde (MS), realizou, nesta quinta-feira (19), um treinamento sobre as novas estratégias de combate à hanseníase. A ação faz parte do Projeto Sasakawa e foi destinada aos profissionais de Atenção Básica, Vigilância Sanitária e Laboratórios dos municípios de Maceió e Santana do Ipanema. O evento ocorreu no auditório da Academia de Polícia Militar Senador Arnon de Melo (APMSAM), na Avenida Assis Chateaubriand, no bairro Trapiche, em Maceió.

O Projeto Sasakawa, desenvolvido pelo Ministério da Saúde (MS), realiza capacitação teórica e prática dos profissionais da Atenção Primária com relação ao diagnóstico e tratamento da hanseníase. Desenvolvido nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Alagoas, ele contempla dois municípios de cada região, totalizando oitos cidades do país. Em Alagoas, foram contempladas as cidades de Maceió e Santana do Ipanema.

A coordenadora geral do Programa de Combate à Hanseníase do Ministério da Saúde, Carmelita Ribeiro, explicou que o projeto tem um organismo internacional e é destinado para áreas de baixas e médias cargas da hanseníase no Brasil. “A estratégia do projeto é capacitar profissionais da Atenção Primária em Saúde, com busca ativa na comunidade dos sintomáticos e, também, dos contatos de portadores de casos de hanseníase, pois os contatos domiciliares são as pessoas que têm maior probabilidade de contrair a doença. Nós estamos aqui para colaborar com esses dois municípios no combate dessa doença que ainda é um problema de saúde pública no nosso país e que todos os profissionais precisam ter o olhar clínico, porque ela tem contexto silencioso e é uma doença que não mata, não tem emergência de saúde pública, mas, deixa sequelas”, enfatizou.

Carmelita Ribeiro ressaltou o projeto tem o objetivo de dar visibilidade à hanseníase

Carmelita Ribeiro ressaltou, ainda, que o projeto tem o objetivo de dar visibilidade à hanseníase e chamar a atenção das autoridades sanitárias para o cuidado com a doença. “O Brasil é o segundo país em número de casos. O projeto visa chamar a atenção das autoridades sanitárias localmente para dar prioridade à hanseníase, que é uma doença que tem o contexto silencioso e um período de incubação longo, onde as pessoas podem não saberem que estão doentes e acabam transmitindo. Então é necessário que os serviços de saúde façam busca ativa nas comunidades. Por isso, a importância da capacitação”, esclareceu.

Coordenadora do Programa Estadual de Combate à Hanseníase, Itanielly Queiroz, ressalta a importância da capacitação para diagnóstico e tratamento a doença

Durante o treinamento, foram apresentados os exames que serão disponibilizados por meio do SUS para detecção de portadores de hanseníase.  A coordenadora do Programa Estadual de Combate à Hanseníase, Itanielly Queiroz, destacou a inovação dos novos procedimentos para o tratamento da doença. “Estamos verificando a inovação dos exames que serão disponibilizados, os testes rápidos e o PCR para contatos de portadores de hanseníase, ou seja, os testes serão uma forma de triagem para possíveis casos futuros. No Estado, o projeto será desenvolvido no segundo distrito de Maceió e em uma área delimitada no município de Santana do Ipanema”, destacou.

A hanseníase é uma doença infecciosa de evolução crônica, de notificação compulsória em todo território nacional, de investigação obrigatória, com comportamento insidioso, podendo promover incapacidades funcionais permanentes, gerando exclusão, estigma e preconceito. É uma patologia de registro milenar que possui cura, com tratamento e acompanhamento ofertado no Sistema Único de Saúde (SUS).