O quinto dia da 11ª Fiscalização Preventiva Integrada (FPI) da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco começou com a soltura de 193 animais silvestres na Caatinga do Alto Sertão de Alagoas. A Equipe Fauna levou os animais que viviam aprisionados, para uma área de reserva ambiental, onde eles ganharam de volta a sua liberdade. Entre as espécies de pássaros resgatados estavam Galos-de-Campina, Jesus-Meu-Deus, Sabiá, Azulão, Extravagante, Papa-Capim e Corrupião. Também voltou para o seu habitat um Tatu-Rabo-de-Couro e 5 preás, uma espécie de roedor.
“Trabalhar com resgate de fauna é uma prestação de contas com a natureza. Eu sinto dessa forma, porque devolver esses animais ao seu habitat fará com que as próximas gerações, tanto nossa quanto as dos animais, possam existir no meio ambiente. Esse trabalho é importante para que não ocorra desequilíbrio ecológico e para que não tenhamos mais espécies ameaçadas”, destacou o coordenador da Equipe Fauna, Adalberto Souza, que é consultor ambiental do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA).
Desde o último domingo (20), quando foram iniciadas as primeiras fiscalizações, a Equipe Fauna já resgatou mais de 400 animais silvestres, entre aves, répteis e mamíferos, que eram mantidos em cativeiro nas cidades de Delmiro Gouveia, Olho D’água do Casado, Piranhas, Mata Granda, Água Branca e Pariconha.
Na manhã desta quinta-feira (24), foram soltos 193 animais. Os demais passam por avaliação e reabilitação de técnicos que compõem o Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetas). Após serem tratados, eles podem finalmente ser libertados na natureza.
Manter animais silvestres em cativeiro pode gerar multa de R$ 500 a R$ 1 mil e, dependendo da espécie, a multa pode chegar a R$ 5 mil. Se for constatado maus-tratos, o responsável pode responder pelo crime e pegar pena de até 1 ano e 4 meses de prisão. Caso a quantidade de animais silvestres mantidos em cativeiro seja muito grande, pode ser considerado crime de tráfico de animais.