Secretaria da Primeira Infância inicia projeto Vacina +

As cadernetas de vacinação das crianças com menos de 2 anos são analisadas para regularizar pendências

Por Redação Agência Alagoas

16/02/2023 -

09:35h

Rodrigo Marinho / Ascom Secria

O Vacina + é um projeto da Secretaria de Estado Extraordinária da Primeira Infância (Secria) com o intuito de mapear as cadernetas de vacina das crianças com até dois anos nos municípios com baixa cobertura vacinal, ou seja, abaixo de 95%. A partir daí, haverá o dia “D”, a fim de deixar o calendário de vacinação em dia. O projeto acontece em parceria com o Programa Nacional de Imunização (PNI) e começou nesta quarta-feira (15), na cidade de Paripueira.

A secretária da Primeira Infância, Paula Dantas, afirmou que, em Paripueira, a vacinação vai acontecer no dia 11 de março. “A criança que não estiver com a cobertura vacinal em dia, os pais ou responsáveis serão convidados para o dia D. Temos que trabalhar para afastar o risco de aquisição de doenças imunopreveníveis, como difteria, coqueluche, poliomielite, sarampo, caxumba, meningite meningocócica, entre outras”, afirmou.

Um dos indicadores adotados pela Secria é a proporção de vacinas selecionadas do calendário nacional para crianças menores de 2 anos, por entender a importância para a segurança da vida dos pequenos. A equipe do PNI da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) analisou 349 cadernetas na primeira fase do projeto. Segundo informações da assessora técnica em Doenças Imunopreveníveis e Vacinação do PNI, Rafaela Siqueira, desse total, 85 crianças estão com vacinas em atraso ou que terão alguma pendência até o dia 11/03. Ela informou ainda que, este ano, a parceria com a Secria será feita com 21 municípios alagoanos.

As cadernetas do público-alvo foram recolhidas pelos agentes de saúde do município e analisadas pela equipe do PNI, na sede da Secretaria Municipal de Saúde de Paripueira.

Conforme dados do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI), referentes ao mês de janeiro deste ano, em Paripueira, a cobertura por percentual de cada vacina foi o seguinte: Pentavalente (58,3), Rotavírus Humano (60,3), Pneumocócica 10 (63,2), Poliomielite (51,7), Tríplice viral (72,3), Meningocócica C (66,1), Hepatite A (59,1) e BCG (47,1).

Sistema de informação

A coordenadora da Atenção Primária da Prefeitura Municipal de Paripueira, Valéria Bezerra, acreditava ter algum déficit na vacinação, porém, em uma proporção menor. De acordo com ela, a implantação do Previne Brasil, pelo governo federal, por meio do Ministério da Saúde, em 2019, gerou uma dificuldade em vários municípios país afora para alimentar o sistema.

“O Previne Brasil tem sete indicadores e um deles é a cobertura vacinal. Para o programa, foi cobrado que os municípios trabalhassem com o PEC (Prontuário Eletrônico do Cidadão) e poderia ser informatizado ou no papel. Quando os municípios digitavam no PEC, alguns dados se perdiam para chegar até o Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI)”, explicou Valéria Bezerra, que ressaltou que não foi identificada qual era a falha do programa do Ministério da Saúde.

O governo federal liberou recurso de custeio para os municípios, e Paripueira, assim como outros, contratou um sistema que também não funcionou. Para ela, a iniciativa da Secria é muito positiva, pois fará um diagnóstico preciso de quanto foi a cobertura exata do município.

Para ser considerado adequadamente vacinado, o indivíduo precisa completar o esquema preconizado para cada faixa etária ou ciclo de vida. A importância da iniciativa da Secria é a garantia da diminuição ou erradicação de doenças imunopreveníveis.