Três anos depois, primeira vacinada contra a Covid-19 reforça importância do imunizante para o controle da doença

Mulher negra de traços indígenas, atuando no SUS há 22 anos, sendo 11 deles dedicados a Sesau, Marta foi vacinada no dia 09 de janeiro de 2021

Por Redação Agência Alagoas

20/01/2024 -

08:39h

Marco Antônio / Ascom Sesau

Nesta sexta-feira (19), completa três anos que a primeira alagoana foi vacinada contra a Covid-19 no estado. A assistente social do Hospital da Mulher Dra. Nise da Silveira (HM), Marta Antônia de Lima, atualmente com 53 anos, reforça que a vacina contra a doença continua tão importante como em 2021, época em que foi imunizada.

“Os últimos anos têm provado a eficiência da vacina para o controle da doença. Estou muito feliz, muito bem, saudável, trabalhando, dando continuidade às minhas atividades profissionais e pronta para me vacinar todas as vezes que a vacina estiver a disposição. E convido todos a fazerem parte desse grupo que fazem o uso da vacina para prevenir as formas graves da doença. A vacina é uma ferramenta extremamente importante para gente reduzir o risco de complicações e inclusive de óbitos relacionados ao Covid. Sei que foi uma decisão acertada, nesses três últimos anos temos visto reduzir o número de pessoas que tiveram complicações por conta da Covid”, explicou Marta Antônia.

Mulher negra de traços indígenas, atuando no Sistema único de Saúde (SUS) há 22 anos, sendo 11 deles dedicados a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Marta foi vacinada no dia 09 de janeiro de 2021. A assistente social sempre atuou como uma grande defensora da vacina e reforça o quanto o imunizante trouxe melhorias ao cenário que não só Alagoas, como o Brasil e o mundo enfrentaram.

“A lembrança que me ocorre foi o susto com a Covid, eu sendo uma profissional de saúde que estava mergulhada naquele momento, nos serviços que o HM fazia, pois ele era referência no atendimento à Covid. Eu vivi aquilo de domingo a domingo. Tive a alegria de receber o convite de ser a primeira a receber a vacina em Alagoas. Foi um dia extremamente significativo na minha vida pessoal, profissional e também para a população de uma forma geral. De lá para cá fomos vendo com as outras doses da vacina a redução dos casos, o controle da doença e nossas vidas voltando ao normal, comprovando a eficiência da vacina”, salientou Marta.

O secretário de Estado da Saúde, o médico Gustavo Pontes de Miranda, reforça que mesmo com a Covid-19 em controle em Alagoas, é de fundamental importância que toda a população complete seus esquemas vacinais. “A Covid-19 ainda circula entre nós, por isso, é de extrema importância que toda a população continue se vacinando para que não tenhamos um aumento no número de casos. Além disso, a vacinação é a única forma eficaz de conter a doença”, disse o gestor.

Chegada da vacina a Alagoas

Em 18 de janeiro de 2021, Alagoas recebia o primeiro lote de vacinas contra a Covid-19. As 87.760 doses de imunizantes da CoronaVac desembarcaram no Aeroporto Internacional Zumbi do Palmares para o começo da imunização dos alagoanos, que iniciou no dia seguinte, 19 de janeiro de 2021. Esta primeira remessa veio destinada aos profissionais da saúde que atuavam na linha de frente do combate ao novo coronavírus, idosos com mais de 75 anos e indígenas aldeados.

A pandemia da Covid-19, assolava o país desde março de 2020. A chegada da vacina foi à esperança para o Estado que, até a chegada do primeiro lote de imunizantes, já havia perdido 2.629 pessoas para a Covid-19 em território alagoano. Só no dia 18 de janeiro de 2021, 313 pacientes estavam internadas em decorrência do novo coronavírus nos leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) em âmbito estadual. Deste número, 122 ocupavam leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Naquela primeira oportunidade foram vacinados também trabalhadores de nove hospitais públicos do Estado, além dos profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), do Polo de Atendimento Regional da Covid-19 de Campo Alegre, das Centrais de Triagem de Maceió e Arapiraca, das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da capital e do interior e do Programa Nacional de Imunização (PNI) Estadual e de Maceió.