A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), por meio do Setor de Humanização da Saúde (SHS), reuniu, nesta terça-feira (27), a Câmara Técnica de Humanização de Alagoas (CTH). O encontro ocorreu no auditório da Superintendência de Valorização de Pessoas, situada no bairro Farol, em Maceió.

Durante a primeira reunião do ano de 2024, foi discutida a continuidade e abrangência das ações da Política Estadual de Humanização de Alagoas. Durante o encontro, a normatização da estrutura da câmara, com a construção e publicação do regimento interno, também foi dialogada pelos membros.

A Câmara Técnica de Humanização de Alagoas foi criada em dezembro de 2009 e reconhecida oficialmente pelo Ministério da Saúde (MS) em outubro de 2010, funcionando numa instância intersetorial e interinstitucional. Atuando no acompanhamento, monitoramento e avaliação das ações e estratégias relativas à Política Nacional de Humanização (PNH), no âmbito estadual, sendo a humanização em saúde uma das pautas do Governo de Alagoas.

Para a supervisora do setor de Humanização da Saúde da Sesau, Mariana Cataldo, o constante diálogo é essencial. “Nossa missão é melhorar, de forma efetiva, o fomento à política de humanização da saúde, bem como realizar o apoio técnico aos municípios. Para isso, abrir o diálogo sobre humanização é de suma importância, pois promove a troca de práticas e experiências exitosas do cotidiano das unidades. Esse trabalho é feito observando quem está na ponta, atuando no serviço. É por isso que contamos com a participação dos trabalhadores e gestores, avançando de forma inclusiva e coletiva”, explica Cataldo.

Educação Permanente em Saúde

A capacitação dos trabalhadores e gestores, para compreender as problemáticas e cenários, vem sendo uma alternativa para realizar a introdução à política de humanização na rede estadual de saúde. Seguindo as diretrizes da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS), a Sesau vem desenvolvendo, por meio da Gerência de Desenvolvimento e Educação em Saúde (GDES), ações para transformação dos ambientes de trabalho.

Para a gerente de Desenvolvimento e Educação em Saúde (GDES), Mayara Lopes, a integração das políticas é essencial. “A educação atua, principalmente, na conscientização sobre os temas atuais e problemáticos. Quando falamos de trabalhadores da saúde, sabemos da pluralidade que temos nas unidades de saúde, assim como a diversidade de usuários que trafegam nessas unidades. A humanização, aliada à educação permanente, possibilita, enquanto instrumento transformador, que o conhecimento seja disseminado por multiplicadores e que seja praticado nos ambientes pelos gestores, trabalhadores e sentido pelos usuários do SUS”, afirma Lopes.

A Política de Humanização

Vigente desde 2003, a Política Nacional de Humanização (PNH) busca efetivar os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), estando presente em todas as políticas e programas do SUS. Vinculada à Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, a PNH realiza o compartilhamento e articulação com os estados e municípios para o desenvolvimento de ações inovadoras, analisando os principais problemas e dificuldades nos serviços de saúde. Replicando as soluções e boas práticas realizadas pelos e para os trabalhadores e trabalhadoras do SUS.

“Quando falamos de valorização do trabalhador, a humanização é um tema primordial para a evolução das relações de trabalho na saúde. Esse diálogo permanente e aberto promove a discussão de temas como equidade na perspectiva de gênero, raça e etnia, a necessidade da atualização profissional e capacitação. Além da atenção à saúde do trabalhador e as próprias relações de trabalho. E, para isso, vamos promover ações alinhadas à Política Nacional de Humanização”, conta a superintendente de Valorização de Pessoas da Sesau, Andréa Loureiro.

Em sua constituição, a câmara possui membros da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), secretarias municipais de Saúde de Alagoas, instituições de ensino superior públicas e privadas, Conselho Estadual de Saúde de Alagoas (CES), conselhos municipais de Saúde, conselhos de secretarias municipais de Saúde de Alagoas, movimentos sindicais ligados à área da saúde, Ministério da Saúde e instituições filantrópicas e conveniadas da área da saúde.