Técnicos da Secretaria de Estado de Saúde (Sesau) que atuam na Rede de Atenção às Violência (RAV) participaram, nesta segunda-feira (27), da Operação “Criança Segura”, realizada em conjunto com agentes da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) e do Conselho Tutelar. Durante a operação, que ocorreu em Maceió, as equipes visitaram oito residências que foram alvo de denúncias de abusos físicos, abandono e violência sexual realizadas a partir do Disque Denúncia, no número 181.

Para a supervisora da RAV, a assistente social Karla Gusmão, a participação da rede é essencial para que sejam realizados os encaminhamentos necessários em cada caso. “Quando a denúncia de abuso é confirmada, a criança é encaminhada para a Área Lilás do Hospital da Mulher, onde é atendida por uma equipe multidisciplinar, que inclui pediatras, psicólogos, assistentes sociais e também recebe assistência jurídica, para que a vítima seja acolhida e auxiliada em todas as suas necessidades”, destacou.

Já a psicóloga da RAV, Gabriele Brito, ressaltou que ações realizadas de maneira integrada são imprescindíveis para potencializar a intervenção e sensibilização da população local sobre as estratégias adotadas para prevenção e enfrentamento à violência. “A prevenção e combate à violência infantil é um tema complexo, que exige a ação conjunta de diversos órgãos da gestão estadual. Nesta ação mostra-se a toda sociedade o esforço para acolhimento e proteção de nossas crianças”, reforçou.

Segundo o comandante responsável pela operação, tenente coronel Ivan Rego, a iniciativa buscou assegurar que as denúncias realizadas sejam apuradas, assegurando a segurança das crianças envolvidas. “A operação envolveu diferentes setores da gestão estadual, que irão atuar sempre com o bem-estar e segurança clínica e jurídica das crianças como prioridades”, explicou o tenente coronel da PM/AL.

O secretário de Estado da Saúde, Gustavo Pontes de Miranda, salientou a importância da RAV para as crianças vítimas de violência sexual e abusos físicos. “A violência contra a criança, infelizmente, ainda é uma realidade extremamente marcante. Por isso, precisamos garantir uma acolhida humanizada às vítimas, onde elas possam receber assistência e orientações adequadas”, disse o gestor da saúde estadual.