Hospital de Emergência do Agreste lança livro com relatos das atividades desenvolvidas na brinquedoteca

A obra marca o aniversário da unidade hospitalar, que completa 21 anos anos de funcionamento na próxima quinta-feira (18)

Por Tony Medeiros / Ascom Hospital de Emergência do Agreste

16/07/2024 -

15:14h

Pedro Torres / Ascom Hospital de Emergência do Agreste

A Brinquedoteca Alegre e Brinque, do Hospital de Emergência do Agreste (HEA), em Arapiraca, lançou um livro com relatos das atividades desenvolvidas no espaço. A iniciativa celebra os 21 anos de fundação, comemorados na quinta-feira (18), com contos de fadas e as histórias de heróis e heroínas tão marcantes na rotina da instituição.

As cores e o brilho das fantasias e as grandes aventuras do universo infantil montaram um quebra cabeça com a realidade da experiência vivida pelos voluntários do serviço. Criado pela unidade hospitalar em agosto de 2019, o espaço tem a intenção de oferecer entretenimento para a criançada durante o período de internação hospitalar.

O enlaçamento entre mundo real e mundo imaginário se transformou no livro: Brinquedoteca Alegre e Brinque – Vivências de Brinquedistas na Cidade de Arapiraca – Alagoas. A publicação conta com 215 páginas e está à venda no Espaço Banca Júnior, no Centro de Arapiraca. Os textos escritos com razão e emoção pela brinquedista Rosi Ravena, que também é pedagoga, psicopedagoga e mestre em psicanálise, relatam a experiência conquistada neste contato entre dois mundos.

“Escrever o livro tem o significado de gratidão por um trabalho efetuado por muitas mãos. Todas as pessoas que fazem parte da Brinquedoteca trazem amor e alegria, mostram para as pessoas que nós estamos aqui realmente para ajudar. Elas, as crianças e os adultos, que embarcam nas brincadeiras, são realmente o nosso propósito de trazer felicidade para esta história deles aqui no Hospital de Emergência”, explicou Ravena.

Rosi faz parte da Brinquedoteca desde que foi implantada, para ela ser brinquedista é sentir vida a cada momento que está na brinquedoteca. “A palavra é amor. Quando a gente passa em cada uma das alas, nos corredores, quando a gente chega, as pessoas nos veem como o significado de alegria, de amor, de consolidar um trabalho de brinquedista. É um sentimento muito bom quando vemos e sentimos este calor humano ao passarmos com fantasias, seja recitando poesias, dançando e brincando nos diversos setores do Hospital”, disse a brinquedista Rosi Ravena.

O livro se divide em três partes: A primeira traz artigos científicos com temas sobre a importância da brinquedoteca hospitalar para as crianças, a educação permanente dos brinquedistas, as práticas lúdicas como atividade terapêutica para crianças internadas, entre outros aspectos. A segunda é destinada aos relatos de experiência com ideias, vivências e reflexões sobre a vida do brinquedista. E, na terceira, são apresentados poemas sobre o sentimento de ser brinquedista, e as emoções que envolvem familiares e amor.

“A Brinquedoteca significa o lugar de alívio da dor para a criança que está aqui dentro. Porque estar aqui dentro não é uma escolha, foi uma necessidade. Então, esse espaço é para aliviar essa dor que ela está sentindo, fazendo com que ela viva o que ela vive lá fora, que é brincar com outras crianças. A gente também incentiva brincar com os pais. Além disso, os brinquedistas se dividem entre as atividades no espaço físico da brinquedoteca e as ações com comemorações específicas como Carnaval, São João e Natal, com interações na recepção e nas enfermarias”, salientou a coordenadora da Brinquedoteca Alegre e Brinque, Eliflan Pereira, que é assistente social, pedagoga, mestre em Dinâmicas Territoriais e Cultural e doutora em Ciências da Saúde.

Eliflan Pereira ressaltou que o lançamento do livro representa a oferta de um serviço de qualidade com perfil acadêmico, onde foi mostrado que a Brinquedoteca Alegre e Brinque não realiza o brincar pelo brincar, mas o brincar de uma forma correta, coerente, pesquisada e estudada.

“O objetivo do livro é mostrar os resultados e falar da importância do brincar realmente. Porque o que a sociedade, muitas vezes, pensa, é que a brincadeira é um ato para passar o tempo, mas ela traz aprendizado e uma riqueza para o crescimento dessa criança. Brincar faz com que ela guarde memórias afetivas, memórias familiares. E faz, principalmente, que o período da internação não seja traumatizante, mas que ele venha trazer um período positivo”, afirmou.

Para a diretora do HEA, Bárbara Albuquerque, o lançamento do livro da Brinquedoteca Alegre e Brinque representa uma contribuição para a sociedade, seja para a academia ou para a comunidade em geral. “É o coroamento de um projeto de humanização que já tem cinco anos e que deu certo. É um orgulho imenso contarmos com tantos serviços de referência e, entre eles, uma brinquedoteca com pessoas que se interessam no bem-estar das crianças, que deixam familiares em casa nos períodos de grandes comemorações para fazer a alegria de crianças e adultos com desfiles de Carnaval e quadrilha junina, por exemplo. Este livro marca uma história e traz lições importantes que norteiam o amor por fazer o bem e bem feito”, frisou