A dona de casa Quitéria Fátima Santos Barbosa, de 62 anos, é casada e tem dois filhos. Ela sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) no último dia 16, em Maceió, e foi levada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para o Hospital Geral do Estado (HGE), onde foi tratada pela equipe da Unidade de AVC. Lá, recebeu os cuidados necessários e teve a sua vida salva, tendo recebido alta médica para celebrar o Natal com a família.

Essa agilidade é consequência de um programa inovador da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), o AVC Dá Sinais. Ele é operacionalizado por profissionais da saúde que, através do aplicativo Join, têm acesso a casos sintomáticos de AVC e, assim, podem tomar decisões sobre o manejo clínico, estando o paciente na capital ou no interior de Alagoas. O Samu é integrante e seus profissionais estão treinados para agir também nesses casos.

“Quando um cidadão apresenta fraqueza, hemiparesia [fraqueza em um lado do corpo], confusão mental, alteração na fala, nos movimentos, entre outros característicos da doença, os médicos neurologistas que participam do programa contribuem com o primeiro atendimento, enquanto o Sistema de Regulação Estadual indica qual a unidade especializada pode receber o paciente. Na admissão, os profissionais já estão preparados e equipados para agir imediatamente, sem perda de tempo”, afirmou o diretor médico do HGE, Rodrigo de Melo.

Foi o que aconteceu com Quitéria Fátima Santos Barbosa, cujo socorro foi tão rápido que o AVC do tipo isquêmico foi revertido sem precisar trombolisar [uso de medicamentos para dissolver coágulos] ou realizar qualquer intervenção de média e alta complexidade. Ela conta que foi amparada por vários profissionais, submetidos a uma bateria de exames e diz ter se sentido tão cuidada que até se emocionou. Agora, ela já está em casa para celebrar o Natal junto aos seus familiares.

“Desde o Samu até o HGE, eu me senti muito bem assistida. São todos uns anjos! Tudo foi muito além das minhas expectativas. O pessoal estava sempre atento, vendo como eu estava, dando as medicações na hora, tudo certinho. Eu realmente estou sem palavras, muito surpresa com todo esse cuidado que recebi, indo na contramão de tudo de ruim que me falaram do HGE”, compartilhou Quitéria Fátima Santos Barbosa.

Devido a hipertensão e a diabetes, novos hábitos precisam ser adotados, como a busca por uma alimentação mais saudável, a prática de atividade física e a fuga das situações de estresse. A médica Jessica Catarina Moreira Ferreira explica que o AVC é causado por uma alteração no fluxo de sangue no cérebro provocada por obstrução de vasos sanguíneos, ou por ruptura do vaso. Desse modo, quanto mais rápido for o diagnóstico e o tratamento, maiores são as chances de recuperação completa.

“O que nós desejamos para a Dona Quitéria, e todas as outras pessoas que passaram pela Unidade de AVC, é que continue o tratamento, o acompanhamento com o neurologista e que tome as medicações direitinho. E, principalmente, que ela agora curta com a família esse fim de ano maravilhoso, porque realmente foi um presente para a vida dela, voltar para casa sem nenhum déficit”, pontuou a médica do HGE.