Procon Alagoas explica: compras por redes sociais também garantem direitos ao consumidor

Veja como agir e se proteger ao comprar por Instagram, WhatsApp e outras plataformas

Por Larissa Cristovão / ASCOM Procon-AL

23/04/2025 -

18:01h

A compra parecia simples: bastava mandar uma mensagem, fazer o pagamento por Pix e aguardar a entrega. Mas o produto nunca chegou, o vendedor não respondeu mais e o perfil desapareceu da rede. Situações como essa têm se tornado cada vez mais comuns e o Procon Alagoas alerta: mesmo quando a compra é feita por redes sociais, os direitos do consumidor continuam garantidos.

Com a popularização das vendas feitas por plataformas como Instagram, WhatsApp e Facebook, muitos consumidores têm sido atraídos por preços baixos e atendimento personalizado. No entanto, a praticidade desse tipo de compra também trouxe novos problemas: perfis que somem após o pagamento, produtos que nunca chegam e dificuldades para trocar ou cancelar pedidos.

Diante disso, o Procon Alagoas orienta a população sobre como garantir seus direitos mesmo em compras feitas por canais digitais informais.

“As redes sociais se tornaram espaços de consumo, e o Código de Defesa do Consumidor continua valendo nesses ambientes. O consumidor não está desamparado”, afirma Daniel Sampaio, diretor-presidente do Procon AL.

Perfil sumiu após o pagamento: como agir?

Um dos casos mais comuns é quando o consumidor realiza o pagamento, geralmente via Pix e o vendedor desaparece. Se isso acontecer:

·  Guarde todos os prints da conversa, anúncios e comprovantes de pagamento;

·  Registre uma reclamação formal no Procon Alagoas por meio dos canais de atendimento;

·  Se o prejuízo for maior, é indicado registrar um boletim de ocorrência.

O consumidor também pode tentar contato com a instituição financeira para contestar a transação, especialmente em casos de golpe evidente.

Comprei pelas redes: tenho direito ao arrependimento?

Conforme o artigo 49 do Código de Defesa do Consumidor, toda compra feita fora do estabelecimento físico, o que inclui redes sociais, dá direito ao arrependimento em até sete dias corridos após o recebimento do produto.

O consumidor pode solicitar:

·  Reembolso total do valor pago;

·  Troca do produto sem custo adicional;

·  Cancelamento do pedido sem justificativa dentro do prazo.

Caso o vendedor se recuse, a orientação é procurar o Procon-AL com os registros da negociação.

Pedido errado ou com defeito: quem responde?

Quando o consumidor recebe um item diferente do combinado, com defeito ou em condições inadequadas, ele pode exigir a troca ou o reembolso. O responsável pela solução do problema é quem vendeu, mesmo que o produto tenha vindo de terceiros.

O consumidor deve:

·  Solicitar a substituição imediata ou a devolução do valor;

·  Exigir resposta dentro de prazo razoável;

·  Registrar reclamação no Procon-AL caso não haja resolução.

Como evitar problemas nas compras por redes sociais?

O Procon Alagoas orienta os consumidores a tomarem precauções antes de realizar qualquer pagamento:

·  Pesquise o perfil e veja comentários de outros clientes;

·  Solicite CNPJ, endereço e comprovantes formais da empresa;

·  Desconfie de preços muito abaixo do mercado;

·  Evite Pix para contas de pessoas físicas, quando a loja se apresenta como empresa;

·  Exija confirmação do pedido e comprovante de envio.

“O consumidor precisa estar atento. A informalidade das redes sociais não significa ausência de responsabilidade”, reforça Daniel Sampaio.

Vale lembrar que o Procon-AL dispõe de canais para atender a população alagoana, receber reclamações e realizar denúncias.

Caso haja alguma ocorrência, o consumidor pode entrar em contato através do 151, mensagens pelo WhatsApp (82) 98883-7586 e de forma presencial, mediante agendamento, através do site agendamento.seplag.al.gov.br.