Uma das prioridades do Governo de Alagoas é a garantia de segurança alimentar e nutricional das famílias alagoanas. E uma das estratégias adotadas é a Distribuição de Alevinos, um dos programas de base do Alagoas Sem Fome. Até abril de 2024, a Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Seagri) realizou a doação de 208 mil alevinos de tilápia do Nilo, beneficiando 200 famílias em 11 municípios.
O programa tem como objetivo assegurar alimento saudável e fomentar a produção de pescado no estado, podendo atuar também como complemento de renda. Cada família beneficiada recebe os alevinos de acordo com a capacidade de seu manancial hídrico. Em média, cada produtor recebe cerca de 1.000 alevinos na distribuição.
Neste domingo (28), durante o Governo Trabalhando realizado no Dia D Alagoas Sem Fome, em Olho D’Água Grande, o produtor José Bezerra foi um dos beneficiados com a entrega no município. Ao todo, foram distribuídos 20 mil alevinos de tilápia para agricultores familiares da região.
“Eu estava precisando comprar, mas agora com essa entrega gratuita ajuda muito a complementar a minha produção. Daqui a 8 meses já vou ter peixe pra vender. Meu ganho será de quase 100% no valor porque eu produzo no açude, o peixe cresce, eu comercializo e depois é só receber o dinheiro”, explicou o produtor.
A secretária de Estado da Agricultura, Aline Rodrigues, explica que a produção de alimentos na agricultura familiar é uma das estratégias que mais tem peso no combate à fome, realizando o desenvolvimento econômico com uma verdadeira transformação social em Alagoas. Na Seagri, além da distribuição de alevinos, também são executados os programas Planta Alagoas e Leite do Coração.
“Estamos promovendo a inclusão produtiva de famílias do campo, que muitas vezes vivem em situação de vulnerabilidade social. O fortalecimento da produção agropecuária tem um papel importante por ser a base econômica de muitos municípios. Ela oportuniza que a produção de alimentos saudáveis chegue à mesa de quem mais precisa, seja nas áreas rurais ou nas cidades”, destacou a secretária.
Alimento na mesa e distribuição de renda
Após a entrega, os peixes demoram entre 6 a 8 meses para atingir cerca de 500 gramas, ideal ou para consumo ou para comercialização, se foram produzidos num sistema de cultivo semi-intensivo, o tipo de sistema da maioria dos beneficiários do programa. A taxa de mortalidade durante toda a criação é de cerca de 5%.
De acordo com os dados de acompanhamento, cada produtor produz por ano cerca de 475 kg de peixes, que servirá também para o consumo da família, garantindo um alimento de qualidade, rico em proteínas, vitaminas, entre outros nutrientes.
Caso o beneficiário queira comercializar os peixes produzidos, o valor médio no mercado local é de R$ 15,00/kg, gerando uma receita bruta por despesca de R$ 7.125,00. Estimando-se os gastos com ração e outros custos para o tipo de criação semi-intensiva, em cerca de 35%, estima-se que o produtor tenha um lucro líquido em média de R$ 4.631,25/por despesca.