Uma pesquisa realizada pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan) mostrou que nos últimos meses de 2020, 19 milhões de brasileiros passaram fome e mais da metade dos domicílios no país enfrentaram algum grau de insegurança alimentar. A pesquisa tinha como foco a insegurança alimentar durante a pandemia.
Para tentar diminuir os efeitos da pandemia e ajudar os alagoanos que estão nessa situação, a Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) lançou no mês de maio uma campanha online para estimular a doação de alimentos em instituições que ajudam as comunidades vulneráveis por todo o estado.
O objetivo, segundo a gerente de Comunicação da AMA, Zélia Cavalcanti, é colocar comida no prato de quem mais precisa. “Em meio a uma pandemia, a alta no desemprego e no preço dos alimentos em todo Brasil: comer todos os dias agora é um desafio. Queremos estimular a solidariedade de quem pode ajudar”, afirmou.
Para Tibério Jorge, do grupo “Amigos da Sopa”, se toda ajuda já era necessária antes da pandemia, agora é essencial. “O pedido de socorro chega constantemente. São 9 anos trabalhando, 4 mil litros de sopa, 4 mil pães. Fazemos esse trabalho sempre, não cansamos de ajudar o próximo”, afirmou.
O grupo da Legião da Boa Vontade (LBV) que atua em todo país, destacou que o momento é desafiador e requer união. “No Brasil já são mais de 10 milhões de pessoas que vivem insegurança alimentar grave. Alagoas é o segundo estado do Nordeste com maior índice. A ação da LBV não fica só em Maceió, atende várias instituições e também nos municípios Atalaia, Arapiraca, Feira Grande, São Sebastião, Palmeira dos Índios, Piaçabuçu e Traipu, com foco na zona rural e nos povos indígenas”, explicou Renata Lima, gestora social da LBV/Alagoas.
