Cirurgiã-dentista da Sesau orienta sobre as medidas para evitar o câncer bucal

Profissional também falou como a doença se manifesta e como buscar tratamento

Por Daniel Tavares / Ascom Sesau

06/11/2024 -

18:47h

Carla Cleto / Ascom Sesau

O câncer bucal é um dos principais problemas oncológicos no Brasil. Estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA) apontam que cerca de 15 mil novos casos são registrados por ano no país. Para chamar a atenção sobre o tema, está sendo realizada até esta quinta (7) a Semana Nacional de Prevenção ao Câncer Bucal, evento que discute medidas para evitar a doença, conforme destaca a coordenadora do Programa Estadual de Saúde Bucal, cirurgiã-dentista Lisiane Torres.

De acordo com a especialista, é crucial manter uma boa higiene bucal para evitar a doença, mas não apenas isso. “Também devemos adotar cuidados simples, como evitar fumar, não consumir bebidas alcoólicas em excesso e usar preservativo na prática do sexo oral. Também é importante manter uma alimentação rica em legumes, verduras e frutas”, explicou.

A profissional também destacou que é bom ficar atento a mudanças na coloração ou no aspecto da boca e que o diagnóstico precoce da doença é fundamental para a melhor efetividade do tratamento. “O câncer bucal é um tumor maligno que afeta os lábios e as estruturas da boca, como gengivas, bochechas, céu da boca e a língua. Esse é o quinto tumor mais frequente em homens no Brasil. Por isso, precisamos focar na prevenção”, frisou.

Atendimento

Lisiane Torres pontuou, ainda, que é possível encontrar atendimento odontológico pelo Sistema Único de Saúde (SUS) por meio da Rede de Atenção Primária nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) dos 102 municípios de Alagoas. “A Sesau, através do Programa Estadual de Saúde Bucal, oferece total suporte aos municípios, com capacitações para os profissionais e campanhas que incentivam o cuidado e a educação em saúde bucal”, disse.

Vale ressaltar que, em caso de lesões suspeitas, manchas ou lesões esbranquiçadas e espessas, é importante procurar um cirurgião-dentista a cada três ou quatro meses. Para os pacientes que já foram tratados, a avaliação médica também deve ocorrer a cada três ou quatro meses. Na maioria dos casos, o tratamento é cirúrgico. A cirurgia consiste na retirada da área afetada pelo tumor, associada à remoção de linfonodos do pescoço e reconstrução do local, quando necessário.

Por fim, a cirurgiã-dentista da Sesau chamou a atenção para a importância do suporte odontológico durante o tratamento do câncer para minimizar os efeitos adversos da cirurgia, da quimioterapia e da radioterapia. “É importante desenvolver políticas públicas que fortaleçam e implementem programas de rastreamento para o diagnóstico precoce do câncer bucal, especialmente na população de alto risco”, finalizou.