O Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, é referência no atendimento de Média e Alta Complexidade em Alagoas. Mas, como saber se é um caso para busca imediata dos serviços da principal unidade de Urgência e Emergência da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau)?
A supervisora de Enfermagem da Área Azul da unidade, Luzenira Marques, explica que esse trabalho educativo também é cumprido pelos profissionais da Classificação de Risco. “Primeiro é importante que as pessoas entendam a diferença entre o caso de urgência e de emergência. A urgência é uma ameaça em um futuro próximo, que pode vir a se tornar uma emergência se não for solucionada.
Já a emergência apresenta ameaça à vida do paciente e deve ser tratada de imediato, evitando futuras complicações e, consequentemente, o óbito”, explicou a supervisora de Enfermagem da Área Azul do HGE. Entre os casos de emergência, que devem ser atendidos no HGE, estão perda aguda da consciência; convulsões; sintomas de Acidente Vascular Cerebral (AVC); parada cardíaca, indicada por perda da consciência e ausência de pulso; dor forte no peito, sobretudo se associada à palidez e sudorese; e sintomas de Infarto Agudo do Miocárdio.
Também devem procurar assistência no maior hospital público do Estado, pessoas com falta de ar intensa; hemorragia intensa; traumas graves; graves agressões por arma de fogo, arma branca e corporal, bem como, aquelas que foram vítimas de intoxicação e afogamento. “Se existir dúvida, não perca tempo. É importante que o socorro seja solicitado de imediato, acionando o Samu [Serviço de Atendimento Móvel de Urgência] ou o Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas (CBM/AL). Se a opção for transportar em veículo particular, o melhor é buscar a unidade de saúde mais próxima. Se a decisão for pelo HGE, saiba que nós temos profissionais qualificados para realizar o primeiro atendimento, resguardando prioritariamente a vida”, recomendou a enfermeira.
Constatação
O borracheiro Manoel Deodato, de 24 anos, precisou acompanhar o seu pai durante atendimento no HGE. Ele contou que o motivo foi uma mordida da capivara, cujo ferimento infeccionou. Após a assistência que recebeu no Hospital Escola Hélvio Auto (HEHA), eles procuraram os cuidados do HGE para o tratamento do trauma e da infecção. “Quando chegamos aqui, perguntamos se poderiam nos ajudar e as enfermeiras da Classificação de Risco avaliaram o ferimento na perna do meu pai. Elas também aferiram a pressão, conferiram a sua temperatura, os batimentos cardíacos e fizeram algumas perguntas sobre como tudo aconteceu. Em seguida, elas encaminharam para o setor que ele está recebendo o tratamento”, disse Manoel Deodato.
Todos os cidadãos que buscam atendimento no HGE são acolhidos e a Classificação de Risco, para os adultos, está capacitada para esclarecer dúvidas e orientar o melhor serviço de saúde que assista o quadro clínico identificado. Essa atenção educativa também é considerada importante, visto que contribui com uma melhor organização dos fluxos estabelecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
“Nós somos porta aberta para os traumas e Pediatria. Nos demais casos, a Classificação de Risco precisa avaliar, conforme a metodologia do Protocolo de Manchester, para otimização do uso de recursos, fazendo com que os pacientes em condições mais graves sejam atendidos o mais rápido possível. Isso reduz o tempo de espera, aumenta o grau de satisfação, minimiza a subjetividade na triagem, garante que a priorização seja baseada em critérios claros e mensuráveis e, principalmente, melhora os resultados clínicos”, argumentou Marques.