Ícone do site Sertão na Hora

GOVERNO DE AL INVESTE QUASE R$ 3 MILHÕES EM PESQUISA PARA OS PRÓXIMOS 4 ANOS

Com a finalidade de promover a formação de recursos humanos altamente qualificados no estado, serão destinados R$5,9 milhões pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e R$ 2,7 milhões pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal), para concessão de 81 bolsas de mestrado, 44 bolsas de doutorado e 16 bolsas de pós-doutorado, outorgadas na última sexta-feira (30).

Esse investimento é fruto de um acordo de cooperação técnica assinado, em março de 2021, entre a Fapeal e a Capes – vinculada ao Ministério da Educação (MEC), para a execução do Programa de Desenvolvimento da Pós-Graduação – Parcerias Estratégicas nos Estados.

Além das bolsas, a Fapeal aportará como contrapartida o valor de R$389 mil para custeio de quatro projetos de pesquisa interdisciplinares.

-Desenvolvimento, Dinâmicas Territoriais e Segurança Hídrica, no Programas de Pós-Graduação: Recursos Hídricos e Saneamento, Meteorologia, Geografia, Ciência Animal, Agricultura e Ambiente da Ufal, e Dinâmicas Territoriais e Cultura da Uneal.

-Sociedade, Conflitos e Políticas Sociais na Alagoas Desigual, contemplando os Programas de Pós-Graduação Educação, Sociologia e Serviço Social da Ufal, e Sociedade, Tecnologias e Políticas Públicas da Unit.

-Agricultura e Conservação para o Desenvolvimento Alagoano, contemplando os Programas de Pós-Graduação: Agronomia (Produção Vegetal), Proteção de Plantas e Diversidade Biológica e Conservação nos Trópicos, da Ufal.

-Nadando contra a maré: Inovação no Contexto do Desenvolvimento Alagoano, contemplando os Programas de Pós-Graduação: Química e Biotecnologia, Engenharia Química, Engenharia Civil e Materiais, da Ufal.

Ao todo, já foram implementadas 70 bolsas de mestrado, 41 bolsas de doutorado e 6 bolsas de pós-doutorado distribuídas entre cotas, Fapeal e Capes.

Mobilização

O professor Fábio Guedes, diretor-presidente da Fapeal, aproveitou o momento para fazer um apanhado histórico de como a concessão dos recursos foi viabilizada: desde 2019, o Conselho Nacional das Fundações de Amparo à Pesquisa (Confap) já discutia o programa de parceria estratégica nos estados.

Após uma longa mobilização política, encabeçada pela “Iniciativa para a Ciência e Tecnologia no Parlamento – ICPT.br”, em abril de 2021, o Congresso Nacional rejeitou o veto presidencial, de janeiro, que tornava possível contingenciar os recursos dos Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).

Com o descontingenciamento, a Capes procurou as fundações de amparo à pesquisa para por em prática as parcerias estratégicas nos estados.

“O primeiro estado do Brasil a executar esse programa é Alagoas, pois já vinhamos trabalhando intensamente nisso junto aos programas de pós-graduação. Com essas bolsas e auxílios, podemos cobrir algumas lacunas das necessidades desses PPGS”, observa o professor Fábio Guedes.

O Secretário de Estado da Ciência, da Tecnologia e da Inovação, Sílvio Bulhões, comentou que “A gente vive tempos estranhos, onde a ciência por muitas vezes é marginalizada e sofre processos de desfinanciamento. Processos de agressão, muitas vezes, por parte de autoridades que deviam defender a produção científica como principal vetor para saída dessa crise. Por isso acredito que momentos como esse, de concessão de bolsas e auxílios, se tornam ainda mais especiais e importantes”, declarou o gestor.

Colaborações

Ariane Albuquerque, pró-reitora de pesquisa e pós-graduação da Universidade Estadual de Alagoas, destacou a bolsa de pós-doc como uma grande conquista institucional. “É muito gratificante, tanto para os alunos quanto para os docentes. É como se fosse um estágio: Tudo que foi visto em teoria no doutorado, agora pode ser colocado de forma prática no dia-a-dia, até mesmo como orientadores e coorientadores, auxiliando os professores”, comenta.

Também compareceram à cerimônia distanciada de outorga, representando a Universidade Federal de Alagoas, os professores Walter Matias Lima, pró-reitor de pesquisa e pós-graduação; Wanderson Botero, coordenador PPG em Química e Biotecnologia; Iêdo Teodoro, coordenador do PPG em Agronomia e a professora Nídia Fabré, coordenadora do PPG em Diversidade Biológica e Conservação nos Trópicos.

Sair da versão mobile