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Homem que é acusado de matar vizinha por conta de quebra-molas em Mata Grande é preso em SP

Um homem acusado de matar uma mulher em Mata Grande (AL) foi preso nesta terça-feira (13), em São Paulo (SP). José Girlânio Brandão, conhecido como “Titi”, 31, tinha em aberto um mandado de prisão por homicídio e tentativa de homicídio.

A prisão dele foi realizada por meio de um trabalho conjunto entre a Gerência de Inteligência Policia (Ginpol), da Polícia Civil de Alagoas (PC/AL), e da Delegacia de Capturas (Decap), da Polícia Civil de São Paulo (PC/SP).

Segundo a investigação realizada, na época, pelo delegado Thales Araújo, atual gerente da Ginpol, no dia 19 de dezembro de 2019 Girlânio se envolveu em uma confusão com a vizinha Maria Sandra Pereira de Lima, 38, e com o filho dela José Marcos Lima Barbosa da Silva, 18, por conta de uma lombada construída por ele próximo de casa.

Conforme o que foi apurado pela polícia, Sandra e o filho foram reclamar com Girlânio porque as madeiras utilizadas por ele para construir o quebra-molas estava atrapalhando a passagem de veículos. Irritado com a reclamação, Girlânio deu início a uma discussão que terminou com agressão física e tiros.

A PC/AL concluiu que durante a confusão Girlânio atingiu a vizinha Sandra com quatro tiros e depois feriu o filho dela, José Marcos, com dois disparos. Os dois foram levados para o hospital da cidade, de onde foram transferidos para uma Unidade de Saúde em Caruaru (PE), onde a mulher acabou morrendo.

O acusado se evadiu do local do crime, de modo que não foi encontrado pela polícia na época, mas continuou residindo na região.

No dia 18 de abril de 2020, conforme a polícia, o acusado voltou a agir criminosamente, no Sítio Capiaçu, em Mata Grande. Por volta das 18h30, na companhia de outra pessoa em uma moto, ele teria assassinado Marlos Abinael Freire da Silva, 43, irmão de José Marcos e enteado de Maria Sandra, vítima do atentado ocorrido em dezembro de 2019.

De acordo com o que foi investigado pela polícia na época, Girlânio ficou sabendo que Marlos estava frequentando o sítio onde residia, dizendo que iria vingar o assassinato da madrasta e o atentado contra o irmão. Ciente da ameaça, o acusado teria tramado a morte de Marlos.

Conforme apurou a polícia, Girlânio e o comparsa chegaram ao “Bar da Foice”, onde Marlos estava bebendo na companhia de outras pessoas, os dois desceram da moto que estavam e perguntaram se havia bebida, mas, antes de qualquer resposta, o acusado começou a atirar na direção da vítima.

Ferido, Marlos ainda tentou correr por cerca de 30 metros, mas caiu e foi atingido com outros tiros, que o mataram. Durante os disparos, Maria Aparecida Santos da Silva, 28, terminou ferida com um tiro que transfixou o quadril dela. Ela foi levada para o hospital da cidade e depois foi transferida para outro hospital, em Santana do Ipanema, onde ficou internada. A jovem escapou com vida.

Conforme levantamento policial, Marlos respondia pelo assassinato de uma ex-esposa, ocorrido há 16 anos, no Sítio Xexéu, também em Mata Grande. Ela estava grávida, quando foi morta pelo ex-marido.

Participaram dos trabalhos policiais de inteligência que resultaram na captura de Girlânio agentes policiais da Delegacia Distrital de Polícia de Mata Grande (28ª-DP), comandados pelo chefe de operações Jaeudson Ferreira (Jajá) e o delegado Rodrigo Rocha Cavalcanti.

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