Um encontro de comissões de pele e feridas das unidades de saúde alagoanas foi realizado no Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió. O objetivo foi estudar as tecnologias e condutas clínicas mais avançadas para o tratamento de feridas, que envolvem coberturas, medicações, equipamentos e, principalmente, experiências de casos assistidos pelos profissionais nas unidades.
Além de profissionais do HGE, participaram da capacitação supervisores e membros de comissões presentes nos Hospitais Metropolitano de Alagoas (HMA), em Maceió; Regional do Alto Serão (HRAS), em Delmiro Gouveia, Regional do Norte (HRN), em Porto Calvo; e Regional da Mata (HRM), em União dos Palmares. Durante o evento foi evidenciado que a pele, por ser o maior órgão do corpo humano, é bastante suscetível às feridas, tão comuns nos pacientes assistidos pelas unidades de saúde.
A coordenadora do Serviço de Atenção à Pele e Feridas (SAPF) do HGE, enfermeira Lays Pedrosa, salientou que as intervenções, mesmo em feridas maiores ou complexas, destinam-se principalmente a apoiar a defesa do organismo. De acordo com a profissional, a cicatrização das feridas ocorre em quatro etapas, que precisam ser observadas e até auxiliadas para contribuir com o avanço do processo.
“Começa com a contração dos vasos sanguíneos e coagulação para eliminar o sangramento. Em seguida, vem a inflamação, quando a ferida é inundada com pequenas proteínas que convocam células imunes e estimulam o crescimento de tecidos substitutos. O terceiro estágio é a reconstrução da pele por colágeno e enzimas, novos vasos sanguíneos e outras substâncias. Finalmente, durante a maturação, uma cicatriz é formada, enquanto o tecido abaixo continua a se fortalecer”, explicou Lays Pedrosa.
De acordo com ela, devido ao grande número de pacientes que apresentam feridas, o compromisso dos profissionais das unidades de saúde é prestar uma assistência de qualidade ao paciente. “Sabemos que essa área está muito ativa nas pesquisas e, por isso, precisamos estar sempre atentos às inovações que são oferecidas atualmente”, explicou a coordenadora do Serviço de Atenção à Pele e Feridas (SAPF) do HGE.
Diabéticos
As feridas, como as úlceras nas pernas, afligem muitos diabéticos pela dificuldade da cicatrização, uma vez que os vasos sanguíneos são estreitados pela doença, limitando a quantidade de oxigênio e nutrientes que podem fluir para o local. Nesses casos, a terapia por pressão negativa é bem-vinda, pois a sucção que o equipamento aplica aumenta o fluxo sanguíneo e reduz inchaço.
“Outras novidades estão sempre nas opções de curativos. No HGE, nós temos diversos materiais que são usados, por exemplo, na recuperação de pessoas queimadas. As substâncias são selecionadas conforme a necessidade do paciente e seu histórico clínico. E todos os pacientes que precisam desse serviço contam com uma equipe qualificada para esse tipo de tratamento”, acrescentou a coordenadora da SAPF do HGE.