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Mais cinco pessoas terão as vidas salvas após a décima captação de órgãos realizada pelo HGE

Dois rins, duas córneas e um fígado foram captados nesta quarta-feira (18) em um paciente do Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, diagnosticado com morte encefálica. O doador foi um homem de 41 anos que sofreu um grave acidente de moto, que resultou em um traumatismo cranioencefálico e a completa e irreversível parada de todas as funções do cérebro.

“Uma notícia difícil que foi encarada com sabedoria pela família desse paciente. Quando a OPO [Organização de Procura de Órgãos] recebeu a confirmação da morte encefálica, ela buscou os familiares para informar o diagnóstico de forma empática e esclarecedora. Como também já havia a compreensão da gravidade do quadro, a família do paciente se reuniu e juntos tomaram a decisão pela continuidade de vidas”, relatou a coordenadora da Central de Transplantes de Alagoas, Daniela Ramos.

Com mais esse “sim”, que representou a décima captação realizada pelo HGE, mais cinco vidas também receberam a notícia da realização do tão sonhado transplante. Os órgãos retirados foram isolados e armazenados adequadamente em caixas térmicas para o transporte imediato aos receptores indicados pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT), do Ministério da Saúde. O Brasil possui o maior programa público de transplante de órgãos, tecidos e células do mundo, que é garantido a toda a população por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

“Apesar do nosso esforço para conseguirmos mais doações de órgãos, a quantidade de pessoas em lista de espera para receber um órgão ainda é grande. No último mês de agosto, quando fizemos a atualização da lista, tínhamos 536 candidatos somente em Alagoas, sendo 512 para córneas, 18 para um rim e seis para um fígado. Ou seja, ainda precisamos que mais pessoas sejam conscientizadas sobre esse importante ato de amor ao próximo”, complementou Daniela Ramos.

Por isso, se você quer ser doador de órgãos, avise à sua família. O transplante é um procedimento cirúrgico que consiste na reposição de um órgão ou tecido de uma pessoa por outro órgão ou tecido normal de um doador. O diagnóstico de morte encefálica é regulamentado pelo Conselho Federal de Medicina. Por meio dele, dois médicos diferentes examinam o paciente, sempre com a comprovação de um exame complementar, que é interpretado por um terceiro médico.

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