Ministério da Saúde e Sesau encerram oficina sobre diagnóstico e assistência aos pacientes com doença meningocócica

O evento reuniu gestores e técnicos das três esferas governamentais e foi realizado na quarta-feira (14) e quinta (15)

Por Redação Agência Alagoas

16/08/2024 -

10:53h

Marco Antônio/Agência Alagoas

O Ministério da Saúde (MS) e a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) encerraram, nesta quinta-feira (15), a Oficina sobre diagnóstico e assistência aos pacientes acometidos pela doença meningocócica. O evento, que contou com o apoio do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Alagoas (Cosems/AL), que congrega as 102 Secretarias Municipais de Saúde (SMSs), teve início na quarta-feira (14), no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, no bairro Jaraguá, em Maceió.

Durante os dois dias, gestores e técnicos das três esferas de poder discutiram um fluxo para enfrentamento da doença meningocócica. Isso porque, no período de 1º de janeiro a 10 de agosto deste ano, 13 casos já foram confirmados no território alagoano, sendo 10 do tipo B e três sem identificação. Ainda com relação aos casos confirmados, 11 foram diagnosticados em Maceió, um em Jequiá da Praia e um em Flexeiras. No período analisado, foram constatados sete óbitos, sendo cinco na capital alagoana, um em Jequiá da Praia e um em Flexeiras.

 

O evento foi realizado em Alagoas depois de o secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda, visitar, no último mês de julho, a sede do Ministério da Saúde (MS), em Brasília. Na oportunidade, ele apresentou o Panorama da Doença Meningocócica e solicitou apoio do Governo Federal. Logo depois, o diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações do MS, Eder Gatti, se comprometeu a vir a Alagoas, acompanhado da sua equipe técnica.

 

“Reforço, mais uma vez, que a oficina sobre diagnóstico e assistência aos pacientes acometidos por doença meningocócica é fruto de um trabalho de articulação junto ao Ministério da Saúde, porque o foco de nossa gestão é trabalhar em parceria com o Ministério da Saúde e as Secretarias Municipais de Saúde. Nosso propósito é criar um protocolo unificado para diagnóstico precoce e tratamento dos pacientes que sejam acometidos pela doença meningocócica”, salientou Gustavo Pontes de Miranda.

 

Entre as medidas implementadas, está a prestação de assistência técnica às gestões de saúde dos 102 municípios alagoanos, o monitoramento periódico dos casos e o diagnóstico em tempo oportuno, por meio de análise no Laboratório Central de Alagoas (Lacen/AL). Também foi implementada a execução do leito zero, ou seja, os pacientes diagnosticados com a doença são encaminhados pela Central Estadual de Regulação de Leitos para as unidades hospitalares.

A secretária executiva de Vigilância em Saúde da Sesau, Thalyne Araújo, destacou a importância do evento para a discussão de políticas públicas e enfrentamento das doenças meningocócicas. “Como enfermeira e como gestora, sei bem dos desafios que os profissionais que atuam na assistência enfrentam para assegurar a segurança clínica de seus pacientes. Por isso, a relevância desta oficina, que reuniu gestores e técnicos do Ministério da Saúde, da Sesau e das Secretarias Municipais de Saúde”, reforçou.

 

Para o diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Eder Gatti, o momento é de ajustes e harmonização nos protocolos de atendimento. “O Brasil conseguiu baixar drasticamente os índices de doenças meningocócicas com a vacina meningocócica conjugada quadrivalente, que foi incorporada ao Calendário Nacional de Vacinação em março de 2020. Ainda assim é preciso agir com rigor técnico e científico para que nosso país vença esse cenário”, destacou.