Prefeitos e gestores de saúde voltam a se reunir com Sesau e Cosems para discussão de um plano para continuação da segunda dose diante da falta de vacinas, tendo em vista o não cumprimento da pactuação pelo governo federal.
Com o atraso do envio para os Estados de novas doses da Coronavac, que obrigou a muitos municípios prorrogarem de 21 para 28 dias a aplicação da segunda dose, os prefeitos querem evitar uma corrida vacinal. Gestores também querem e propuseram a Sesau e Cosems uma nota técnica oficial de um infectologista para acalmar a população sobre a eficácia da vacina, e que não existe um tempo máximo entre uma dose e outras, segundo estudos científicos.
O presidente da AMA, Hugo Wanderley reconhece que é muito difícil para o Estado e os municípios cumprirem o que foi pactuado, se o governo federal não dá transparência ao quantitativo existente no país. Diante da atual situação, Wanderley defende uma repactuação e um novo plano de vacinação para todos os municípios.
“Se há falta de vacinas, até para D2, não se pode avançar,” diz o presidente da AMA. O momento é de tomar medidas conjuntas para garantir a segunda dose para os que já foram vacinados.
O presidente do Cosems, Rodrigo Buarque informou que amanhã o Conasems vai discutir esse atraso nas remessas com o Ministério da Saúde para emitir uma nota oficial sobre o encaminhamento das novas fases do programa de imunização.
Hoje a principal dúvida é com relação a garantia da coronavac para segunda dose, devido a falta de insumo para produção porque a pressão sobre os gestores tem sido grande. Com relação a Astrazeneca, o coordenador Herbert Charles, da Sesau, garantiu a entrega das doses para conclusão dos quilombolas.
Prefeitos e secretários municipais reconhecem a transparência que está sendo dada pela Sesau, mas consideram importante uma nova avaliação dos quantitativos existentes e a uma resolução SIB tendo em vista a grande pressão que os prefeitos estão sofrendo.