Quatro professores da rede estadual de ensino foram vencedores do Prêmio Educador Transformador, iniciativa do Sebrae em parceria com o Instituto Significare, Bett Brasil que reconhece projetos educacionais transformadores e alinhados à Educação Empreendedora.
Os educadores foram premiados nas categorias ensino fundamental, ensino médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA). A Escola Estadual Ambrósio Lira ficou em 1° lugar no ensino médio – etapa estadual – e 3º lugar na fase regional (concorrendo com projetos de todo o Nordeste).
Já a Escola Estadual Judith Nascimento foi 1° lugar na EJA e 3º lugar na categoria ensino médio, enquanto as escolas estaduais Graciliano Ramos e Otacílio Holanda foram, respectivamente, 2º e 3º lugares das categorias ensino médio e ensino fundamental – anos iniciais.
“Como Seduc, nos sentimos honrados em participar de um evento como este, que reconhece projetos diferenciados. Tratar de empreendedorismo também é tratar de educação. A educação transforma e queremos que ações como estas irradiem por todo o estado”, disse o superintendente de Desenvolvimento do Ensino Médio da Seduc, Ricardo Lisboa.
A cerimônia de premiação ocorreu no Restaurante Anamá, em Maceió, e contou com a presença dos professores condecorados – Bruno Alves, da Escola Estadual Ambrósio Lira, de Passo do Camaragibe; Marbyo José da Silva, da Escola Estadual Judith Nascimento, de Messias; Anderson Gomes, da Escola Estadual Graciliano Ramos, de Palmeira dos Índios e Alana dos Santos, da Escola Estadual Otacílio Holanda, de Maceió – e do superintendente de Desenvolvimento do Ensino Médio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), Ricardo Lisboa.
Projetos premiados da rede estadual que se destacaram no Prêmio Educador Transformador
Anos Iniciais
O projeto “Intercâmbio da Leitura”, da professora Alana dos Santos, da Escola Estadual Otacílio Holanda, de Maceió, surgiu a partir de sua observação da dificuldade das crianças no aprendizado após a pandemia. Alana teve a ideia de incentivar a leitura nas turmas que lecionava.
“Escolhemos os alunos que tinham melhor eloquência e fluência leitora e os convidamos para ficarem junto a mim no contraturno, uma vez a cada 15 dias, lendo para os menores. Conforme os demais iam evoluindo, vimos que podiam fazer parte dos leitores nos anos seguintes para os que estavam chegando”, recordou.
A prática do projeto na escola vem ocorrendo desde 2021 e continua sendo um sucesso.
Ensino Médio e EJA
O projeto “Festival Estudantil de Registros e Vivências em Artes (F.E.R.V.A)”, do professor Bruno Alves nasceu como uma resposta às ameaças de ataques em escolas brasileiras em abril de 2023 e tendo como foco a produção artística e o talento estudantil.
O Festival tem a arte como protagonista e foca no talento estudantil e na cultura local. Cada turma trabalha um tema por um período de quatro semanas e as apresentações acontecem nas ruas da cidade, abertas ao público. A iniciativa deu tão certo que hoje é uma das atrações mais esperadas do calendário letivo.
“Eu estou muito feliz com o reconhecimento. Não imaginava que o projeto tinha força para chegar tão longe e, para meus alunos, isso é muito importante, pois, no final é tudo sobre eles e para a felicidade deles” relatou Bruno.
Já a Escola Estadual Graciliano Ramos foi premiada com projeto Caixa de Jogos em contextos de aprendizagens criativas. Ferramenta usada no Atendimento Educacional Especializado (AEE) dos estudantes com deficiência, a caixa reúne jogos e outros materiais utilizados para potencializar a aprendizagem.
“As atividades visam o desenvolvimento de habilidades cognitivas, socioafetivas, psicomotoras, comunicacionais e linguísticas entre os estudantes. A participação na premiação é muito importante para todos nós e nos motiva ainda mais”, frisou o professor Anderson Gomes.
Por fim, a Escola Estadual Judith Nascimento, foi premiada pelo projeto “Meninas na Ciência”, o qual insere estudantes do sexo feminino no universo da iniciação científica. Dentre outras ações, as alunas estão focadas na produção de um game sobre oceanos e problemas ambientais e, para isso, aprenderam a programar. “Quisemos mostrar que há espaço sim para as mulheres neste universo que ainda é visto como predominantemente masculino”, contou o professor Marbyo.
Marbyo e Judith Nascimento também foram premiados na categoria EJA com o projeto “Marketing Digital”, onde os estudantes precisaram criar um produto, ou falar de seu próprio produto, produzindo um comercial de 30 segundos. Isso fez com que trabalhassem habilidades de criação de roteiros, produção de conteúdo e apresentação. “Receber esta premiação nos revigora e nos estimula a prosseguir e buscar novos projetos” relatou Marbyo.
Sobre a premiação
Em sua segunda edição, o Prêmio Educador Transformador teve um total de 3460 projetos enviados por professores de todo o país. Este número representa um aumento em relação à edição anterior, que recebeu em torno de 3.000 inscrições.