Programa Maratona de Cirurgias já fez mais de 4 mil procedimentos eletivos

Por Redação Agência Alagoas+

08/11/2022 -

11:51h

Carla Cleto/Ascom Sesau

Para zerar a fila de espera por procedimentos cirúrgicos adiados em razão da Pandemia da Covid-19, a Secretaria de Estado da Saúde da Saúde (Sesau) lançou, no dia 21 de junho deste ano, a Maratona de Cirurgias. Em quatro meses e meio de execução, o programa já agendou 7.857 procedimentos e 4.149 deles foram realizados, assegurando dignidade e qualidade de vida para milhares de alagoanos que dependem, exclusivamente, do Sistema Único de Saúde (SUS).

Entre os beneficiados está o casal Elias Rosendo da Silva, de 74 anos, e Maria José Ramos da Silva, de 78 anos, que residem no município de Santana do Ipanema, Sertão de Alagoas. Os dois sertanejos, que foram contemplados na primeira edição da Maratona de Cirurgias, buscaram atendimento após receberem o diagnóstico de catarata, doença em que a visão fica nublada, ocorre aumento da sensibilidade à luz e há necessidade de maior iluminação para ler.

“Estávamos esperando há muito tempo por essas cirurgias e, graças a Deus, nós conseguimos. Já fizemos a revisão e ocorreu tudo bem. Só temos a agradecer ao Programa Maratona de Cirurgias, porque fomos muito bem atendidos”, salientou a aposentada Maria José Ramos da Silva.

Outra alagoana contemplada pela Maratona de Cirurgias é a agricultora Maria dos Prazeres, de 42 anos. A espera dela vem desde antes da Pandemia da Covid-19, uma vez que, há seis anos, aguardava por uma operação para retirar um mioma. Após ser submetida a consulta com especialista e realizar exames de diagnóstico, ela fez a cirurgia no Hospital Clodolfo Rodrigues, em Santana do Ipanema. “Depois de seis anos de espera, finalmente consegui me operar. Minha sensação é de alívio”, ressaltou.

Treze edições  

E além do Sertão, a Maratona de Cirurgias já contemplou moradores da capital alagoana, Agreste, Zona da Mata, Litoral Norte e Grande Maceió. Ao todo já foram realizadas XIII edições, sendo seis em Maceió, duas em Arapiraca e as outras cinco em Santana do Ipanema, Delmiro Gouveia, Porto Calvo, União dos Palmares e Palmeira dos Índios, onde cada um deles foi contemplado com uma etapa.

Até essa segunda-feira (7), do total de procedimentos cirúrgicos realizados, 674 ocorreram em Santana do Ipanema, no Hospital Clodolfo Rodrigues; e 1.472 em Maceió, sendo 755 no Hospital Metropolitano de Alagoas (HMA) e 717 no Hospital da Mulher (HM). Também foram realizadas 890 cirurgias em Delmiro Gouveia, no Hospital Regional do Alto Sertão (HRAS); 514 em Porto Calvo, no Hospital Regional do Norte (HRN); 406 em União dos Palmares, no Hospital Regional da Mata (HRM); e 170 em Palmeira dos Índios, no Hospital Regional Santa Rita (HRSR) e 23 em Arapiraca, no Hospital Regional Nossa Senhora do Bom Conselho.

Consultas e exames  

E além dos procedimentos cirúrgicos, os alagoanos contemplados pela Maratona de Cirurgias são beneficiados com exames de diagnóstico e consultas com especialistas, como ortopedistas, cirurgiões gerais, ginecologistas e oftalmologistas. Desde 21 de junho até essa segunda-feira (7), já foram feitos 34.105 exames e 12.823 consultas.

Entre as cirurgias realizadas, estão as ortopédicas, de fimose, lipoma, oftalmológicas, ginecológicas, de hernioplastia incisional, de extirpação de lesão de pele e tecido subcutâneo, além de histerectomia (retirada do útero), colecistectomia (supressão da vesícula), de hérnia umbilical, exérese de pólipo e hidrocele. Já quanto aos exames, além dos laboratoriais, por meio da coleta de amostras de sangue, são disponibilizados raios-x, ultrassom e eletrocardiograma.

Divisor de águas  

De acordo com o secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda, o Programa Maratona de Cirurgias é um divisor de águas entre o antes e o pós-Pandemia da Covid-19. Isso porque, segundo ele, durante dois anos, a maioria dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e de Enfermaria foi destinado, exclusivamente, à maior emergência em saúde pública da história mundial, conforme decreto da Organização Mundial de Saúde (OMS).

“Milhares de cirurgias eletivas foram adiadas em decorrência da Pandemia da Covid-19, uma vez que grande parte dos leitos hospitalares foi destinado, exclusivamente, para os pacientes acometidos pelo novo coronavírus. Entretanto, ao assumirmos a gestão da Sesau, planejamos e começamos a execução da Maratona de Cirurgias, cujo objetivo é zerar a fila de espera por procedimentos eletivos, assegurando assistência qualificada e humanizada aos mais de 95% de alagoanos que dependem, exclusivamente, do SUS”, pontuou o gestor da saúde alagoana.