Psiquiatra do Hospital da Criança alerta pais e responsáveis para evitar casos de depressão infantil e suicídio

A orientação se baseia no fato de que o Brasil ocupa o 8º lugar entre os países com os maiores índices de suicídio no mundo

Por Nataly Lopes / Ascom Sesau

12/09/2024 -

08:40h

Nataly Lopes e Carla Cleto / Ascom Sesau

Em meio à campanha Setembro Amarelo, que tem como foco a prevenção ao suicídio, o cuidado com a saúde mental dos pequeninos também deve ser evidenciado. O alerta é do psiquiatra Felipe Nobre, que atua no Hospital da Criança de Alagoas (HCA), situado em Maceió, e vinculado à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).

Isso porque, segundo o especialista, a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que o Brasil ocupa o 8º lugar entre os países com os maiores índices de suicídio. Alguns dos fatores associados ao suicídio infantil são a violência física, problemas de relacionamento com os pais, tristeza e solidão.

De acordo com o psiquiatra do HCA, o principal comportamento associado ao suicídio em crianças é a depressão. “Os pequenos quando estão deprimidos ficam irritados, tiram notas baixas na escola, podem ter dores de cabeça, no pescoço e na barriga, perdem o interesse pelos pares e pelas atividades que eles fazem”, salienta.

Tanto a depressão infantil quanto o comportamento suicida devem ser tratados por uma equipe multiprofissional, conforme recomenda Felipe Nobre. “As crianças depresivas devem ser medicadas e se faz necessário submetê-las a sessões de psicoterapia, acompanhadas de apoio escolar, bem como, dos familiares”, recomendou.


Treinamento

Em alusão ao Setembro Amarelo também foram realizados treinamentos para os profissionais do HCA, alertando sobre a relevância do assunto. “É um problema de saúde pública gravíssimo que precisa ser combatido e que é passível de ser prevenido. Por isso, durante este mês, fazemos esse apelo para a conscientização da comunidade a respeito desse tema, alertando os pais e responsáveis pelas crianças para que fiquem atentos ao comportamento das crianças”, reforçou o psiquiatra Felipe Nobre.