O Portal Sertão na Hora preparou uma reportagem especial para homenagear José Gomes Mendes, o popular Zé Sapo, um dos maiores nomes da história do Carnaval de Santana do Ipanema. Zé Sapo foi um eterno folião, personagem da cultura, do folclore e legítimo carnavalesco que sempre levou suas alegorias as ruas de Santana. Ele faleceu em 29 de maio de 2018 deixando um legado na festa de momo.
Os carnavais na cidade sempre contaram com milhares de foliões, porém Zé Sapo se destacava com sua irreverência e criatividade. Ele colocava em sua cabeça engenhocas com animações e chamava atenção. A cada ano era uma temática diferente com algum fato da época.
Em 2013, em uma de suas alegorias, Zé Sapo criou um helicóptero para homenagear as equipes médicas de socorro aéreo do Brasil. Em outra fantasia, o folião produziu um chapéu que armazenava água, copos e remédios. “Pode ser um dos modelos do futuro”, dizia a mensagem.
Em 2017, Zé Sapo comemorou seu último carnaval. Na época, ele estava com dificuldades de locomoção, mas não deixou de ir a folia de cadeira de rodas e com uma de suas fantasias.
No carnaval de 2019, um ano após seu falecimento, Zé Sapo foi homenageado pelo saudoso prefeito Isnaldo Bulhões, que promoveu uma exposição na Casa da Cultura. Fotos das alegorias e engenhocas do folião foram expostas trazendo boas recordações dos carnavais de Santana.
Ialdo Falcão, Reginaldo Falcão e Sr. Nonzinho também foram homenageados há época. A exposição contou um pouco da história destes que foram legítimos carnavalescos.
No dia do falecimento de Zé Sapo, o saudoso prefeito Isnaldo Bulhões, em sinal de profundo pesar, declarou luto oficial de 3 dias numa homenagem ao eterno santanense que com sua humildade e honradez, se tornou um servidor municipal exemplar.
BIOGRAFIA
José Gomes Mendes, o Zé Sapo, nasceu em 17 de dezembro de 1935 em Santana do Ipanema. Aos 11 anos de idade, ele começou a trabalhar em uma oficina mecânica, onde comecou a ensinar o nome das peças aos candidatos a motorista daquela época. Ainda menor de idade, ele foi para a cidade de São Paulo na companhia de um caminhoneiro. Ao completar a maioridade, tirou sua Carteira Nacional de Habinitação e, a partir daí, já ensinava as pessoas a dirigir. Passou a ser motorista do padre local por dois anos. Foi trabalhar como motorista em uma empresa de ônibos.
Em 1961, ele retornou a Santana do Ipanema onde passou a trabalhar na Prefeitura do município como motorista. Ele conduzia uma ambulância.
Como sempre gostou do Carnaval, desde 1964, passou a participar das festividades carnavalescas da cidade, e por sua criatividade em fansatias e sua forma diferenciada de brincar a folia de momo, recebeu várias homenagens e troféus.
Confira alguns registros de arquivo pessoal, obtidos pela reportagem do Portal Sertão na Hora, e outros de arquivo do Portal Maltanet.