Devido ao grande número de animais que dividem o espaço urbano com as pessoas, é muito comum os riscos de acidentes, como mordidas e arranhões por parte de cães, que podem transmitir doenças graves como a raiva humana. Caso você seja mordido por um cachorro de procedência desconhecida, o que fazer? que medidas adotar?
O coordenador do Programa Estadual de Controle de Zoonoses da Secretaria de Estado de Saúde (Sesau), médico veterinário Clarício Bugarim, orientou que a primeira atitude ao ser mordido por um animal é lavar o local da mordida com água corrente e sabão. “Mesmo que a ferida não tenha sangrado, essa é uma providência importante, já que remove bactérias e vírus que podem causar doenças graves”, destacou.
Em seguida a pessoa deve procurar uma unidade de saúde para avaliação médica. Dentro da Rede Estadual de Saúde de Alagoas deve-se procurar o Ambulatório 24 horas Noélia Lessa, no bairro Levada; a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Jacintinho; e a UPA Tabuleiro do Martins, que estão localizados na capital alagoana.
“Durante o atendimento será realizado a análise clínica do caso, onde serão decididas as medidas que serão adotadas conforme o caso, que podem variar com o recebimento de sorologia antirrábica, imunizantes e medicações antibióticas”, esclareceu o coordenador do Programa Estadual de Controle de Zoonoses da Sesau.
Segundo dados do Programa Estadual de Controle de Zoonoses da Sesau, 76,64% dos acidentes que resultam em mordidas, aconteceram em residentes de zona urbana, com a forma de agressão responsável pelo maior número de atendimentos, sendo a mordedura com 87,41%. “Os cães representam a espécie com maior número de acidentes, com 71,36% dos casos. Por isso é essencial que os donos vacinem seus cães anualmente e mantenham seus animais sadios e a sociedade segura”, destacou Clarício Bugarim.
O coordenador do Programa Estadual de Controle de Zoonoses da Sesau lembrou, ainda, que em todos os municípios alagoanos a população deve procurar a unidade de saúde mais próxima para orientação e tratamento. “Em todos os 102 municípios existem unidades preparadas para acolher os casos e realizar as medidas cabíveis”, reforçou.