Visando destacar as atividades desenvolvidas pelos profissionais dentro da campanha Janeiro Roxo, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) promoverá, na terça-feira (28), a III Mostra Estadual de Experiências Exitosas em Hanseníase em Alagoas. A ação, destinada aos técnicos municipais e estaduais de Saúde dos 102 municípios alagoanos, acontecerá no auditório da Faculdade Estácio, no bairro da Jatiúca, em Maceió.
A hanseníase é uma doença infecciosa que acomete nervos e pele e cuja transmissão ocorre pelas vias aéreas superiores, no caso das pessoas que convivem com pacientes na forma avançada da doença e que não estão em tratamento. Em Alagoas, de janeiro até dezembro de 2024 foram contabilizados 254 casos de hanseníase. No ano anterior, no mesmo período, foram registrados 374 casos da doença.
A técnica do Programa Estadual de Controle da Hanseníse, Rayssa Teixeira, ressalta que durante o mês de janeiro será lançado também o desafio Janeiro Roxo, que visa aumentar a vigilância em saúde nos municípios. “A ideia do desafio é liberar um convite dando prazo aos municípios para realizarem correções dentro do banco de dados da hanseníase. E durante a mostra as cidades que obtiverem maior percentual de correções receberão uma premiação”, explicou.
Raissa Teixeira salienta, também, que a hanseníase é uma doença crônica negligenciada e que necessita de busca ativa constante. “No Estado, possuímos um cenário histórico de oscilação de média e alta endemicidade. Em 2024, percebemos que os números de casos registrados caíram um pouco, mas entendemos que essa baixa pode não ser o trato real, mas sim a ausência de busca ativa para hanseníase. Por isso, estamos em constante conscientização para que os municípios mantenham a busca ativa da doença”, disse.
Entre as principais características da hanseníase estão o aparecimento de manchas brancas e avermelhadas na pele e o comprometimento dos nervos periféricos. A pessoa acometida pela doença também pode sentir sensação de formigamento nas mãos e pés, diminuição ou perda da sensibilidade e nódulos no corpo, alguns deles, dolorosos.
A hanseníase possui o tratamento totalmente gratuito por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). “Se o paciente tiver uma forma leve da doença, ele fará um tratamento de seis meses, e se possui uma forma grave o tratamento tem duração de um ano. Eles passam a tomar uma medicação, sendo uma cartela mensal com uma dose supervisionada, e durante os outros dias eles fazem um par de medicação por dias com uso de dois antibióticos. E o tratamento é assegurado nas Unidades Básicas de Saúde dos 102 municípios alagoanos”, finalizou Rayssa Teixeira.
