Sesau realiza Fórum Perinatal e discute assistência qualificada à gestante para evitar sífilis congênita

A iniciativa, promovida nesta sexta-feira, reuniu profissionais de saúde do Estados e dos municípios alagoanos

Por Fabiano Di Pace / Ascom Sesau

25/10/2024 -

18:19h

Olival Santos / Ascom Sesau

Com o objetivo de discutir os avanços e desafios do atendimento materno e infantil em Alagoas, a Secretaria de Estado de Saúde (Sesau) promoveu, nesta sexta-feira (25), a 10ª edição do Fórum Perinatal. A iniciativa, destinada aos profissionais e gestores de saúde envolvidos com o cuidado com as gestantes e crianças, foi realizado no auditório da Faculdade Estácio de Alagoas, situada em Maceió.

O fórum teve como tema o cuidado e a prevenção da sífilis congênita, doença infectocontagiosa transmitida da mãe não tratada ou tratada de forma não adequada para a criança durante a gestação. Além do abortamento espontâneo, ela pode ocasionar parto prematuro, malformação do feto, surdez, cegueira, alterações ósseas, deficiência mental ou a morte do bebê ao nascer.

Por isso, segundo o Ministério da Saúde (MS), é importante fazer o teste de sífilis para detectá-la durante o pré-natal, e, quando o resultado for positivo, tratar corretamente a mulher e sua parceria sexual para evitar a transmissão. Recomenda-se que a gestante seja testada no primeiro trimestre de gestação, no terceiro, no momento do parto ou em casos de aborto.

Pré-Natal

A assessora técnica da Supervisão de Saúde da Mulher da Sesau, Diolyne Barros, reforçou que a sífilis congênita acontece quando a bactéria Treponema pallidum passa da mãe para o bebê por meio da placenta ou durante o trabalho de parto. Por isso, segundo ela, o pré-natal é fundamental.

“A sífilis tem tratamento assegurado pelo SUS, sendo ideal que o casal, antes de programar a gravidez, faça o teste de sífilis, HIV e as hepatites B e C. Além disso, o pré-natal é fundamental, no qual a gestante será acompanhada por profissionais e realizará os exames e consultas para assegurar que a gestação seja tranquila e possíveis problemas, como a sífilis, sejam diagnosticados oportunamente e tratados”, destacou Diolyne Barros.

O evento contou com a palestra da enfermeira Hilary dos Santos, que coordena o Programa Estadual de Controle da Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), e que abordou a vigilância epidemiológica da doença em Alagoas. A pediatra e assessora técnica da Sesau, Syrlene Patriota, também proferiu palestra no evento, e abordou sobre o tratamento adequado e fisiopatologia da doença.

O secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda, enfatizou que o cuidado com a prevenção e o tratamento da sífilis congênita são uma prioridade da gestão estadual. “Cuidar de nossas gestantes e recém-nascidos de forma plena foi um compromisso assumido pela gestão do governador Paulo Dantas, que não mede esforços e investimentos para assegurar o acesso à saúde às nossas gestantes e crianças”, reforçou o gestor da Sesau.