A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) segue monitorando a quantidade de casos de Febre do Oropouche registrados em Alagoas. A pasta vem atuando, em conjunto com as Secretarias Municipais de Saúde (SMSs) dos 102 municípios, com o objetivo de executar medidas de mitigação e também na orientação da população para a prevenção de novos casos.
A Febre do Oropouche é uma doença causada por um arbovírus do gênero Orthobunyavirus. A transmissão é feita principalmente pelo inseto Culicoides paraensis, popularmente conhecido como maruim. Após picar uma pessoa ou animal infectado, o vírus permanece no inseto por alguns dias, que transmite a doença ao picar alguém saudável. Os sintomas são dor de cabeça intensa, dor muscular, náusea e diarreia, ou seja, bem parecidos com os da dengue.
A superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, enfermeira Waldinea Silva, destaca que algumas medidas podem ser adotadas pela população para a mitigação dos casos.
“É importante sempre manter a casa limpa e remover os possíveis criadouros de mosquitos, como água parada e folhas acumuladas, além de usar roupas que cubram a maior parte do corpo e aplicar repelente nas áreas expostas da pele”, destacou a profissional.
Waldinea Silva pontuou, ainda, que evidências apontam para uma possibilidade significativa de que o vírus da Febre do Oropouche seja transmitido de gestantes para os fetos e provoque casos de perda dos bebês. As mulheres grávidas podem adotar recomendações extras, como a proteção das residências com redes de malha fina nas portas e janelas, além do uso de mosquiteiros.
Cenário em Alagoas
De acordo com os dados da Sesau, 19 casos de Oropouche foram confirmados em Alagoas até esta quinta-feira (8). O município de Palmeira dos Índios apresenta o maior número de casos, com 13 confirmações. Japaratinga vem na sequência, com dois registros. Já Estrela de Alagoas, Messias, Tanque D’arca e Porto Calvo apresentam um caso cada município.
O diagnóstico dos casos é confirmado através de exame laboratorial, realizado no Laboratório Central de Alagoas (Lacen/AL), com o uso da metodologia de RT-PCR em tempo real, que apresenta resultados negativos para dengue, zika e chikungunya e positivo para a Febre Oropouche. É importante frisar que a Sesau e as SMSs seguem realizando investigações epidemiológicas para determinar o local de origem de cada infecção, assegurando o monitoramento e controle efetivo da situação.