As Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) gerenciadas e mantidas pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) realizaram quase 450 mil atendimentos no primeiro semestre deste ano. Os números foram divulgados na manhã desta quarta-feira (26). Segundo a Sesau, foram 449.469 mil atendimentos no período de janeiro até junho. Do total, 72.800 ocorreram na UPA do Jacintinho, 77.039 na do Tabuleiro do Martins, 53.783 na Cidade Universitária, 76.969 na Jaraguá, 75.824 na Chã da Jaqueira e 93.054 na UPA de Arapiraca.
As seis UPAs realizaram ainda 208.436 exames durante o primeiro semestre de 2023. Deste total, 163.898 foram exames laboratoriais e 44.538 foram exames de imagem (raios-x), conforme os dados da Gerência de Atenção Pré-Hospitalar da secretaria.
Para o secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda, as UPAs desempenham um papel fundamental na assistência à saúde da população alagoana, uma vez que atuam com atendimento intermediário entre as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e os hospitais.
“São unidades fundamentais, porque estabilizam o quadro clínico dos pacientes acolhidos, prestam atendimento de urgência e, caso seja necessário, os encaminham para os hospitais. Se os usuários vierem a precisar de atendimento eletivo, recebem orientação para procurarem as respectivas secretarias de Saúde dos municípios de residência”, ressaltou Gustavo Pontes de Miranda.
Assistência
O morador do bairro de Bebedouro, Roberto dos Anjos, de 69 anos, foi um dos mais de 440 mil usuários beneficiados pelas UPAs estaduais no primeiro semestre. Ele procurou a unidade do Jaraguá, em Maceió, porque estava apresentando tosse com secreção havia mais de uma semana.
“O atendimento aqui foi excelente. Sempre que preciso venho aqui, pois acho o atendimento mais rápido. Estava me automedicando há alguns dias, mas a medicação não fez efeito. Então, decidi vir me consultar. Ainda bem que deu tudo certo e agora irei me medicar corretamente para poder me curar”, disse Roberto dos Anjos.
O diretor da UPA do Jaraguá, Emanuel Monteiro, define a humanização como diferencial no atendimento das pessoas que procuram assistência na unidade. “Priorizamos sempre um olhar mais humano no atendimento de todos que procuram nossa unidade. Costumamos dizer que a humanização é a cereja do bolo, mesmo sabendo que o paciente precisa passar pelo atendimento médico, pela medicação. Mas, muitas vezes, um olhar humanizado, uma palavra de conforto já repercute no quadro de melhora do paciente, que consegue se sentir acolhido e vai se estabilizando até receber os cuidados necessários”, salientou.
Acesso
As UPAs funcionam 24 horas por dia, todos os dias da semana e podem resolver grande parte das urgências, como pressão e febre alta, fraturas, cortes, infarto e derrame. Elas também asseguram exames laboratoriais e de raios-X, visando auxiliar no diagnóstico apresentado pelos pacientes.
O atendimento é realizado de acordo com a classificação de risco, e não necessariamente por ordem de chegada, priorizando a gravidade dos casos. Situações de emergência são classificadas pela cor vermelha; urgência é amarelo; urgência menor é azul e baixa complexidade é verde. Para definir a gravidade de cada caso são considerados parâmetros como intensidade das dores, sinais vitais, sintomas, glicemia e quadro clínico do paciente.