No primeiro trimestre deste ano, as seis Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) gerenciadas e mantidas, exclusivamente, pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), atenderam 142.648 pessoas, o que representa aproximadamente 47.550 assistências mensais e 1.585 diárias. Do total de atendimentos, 20.442 ocorreram na UPA Jaraguá, 23.467 na do Jacintinho, 25.566 na do Tabuleiro do Martins, 18.493 na do Cidade Universitária, 31.777 na Chã da Jaqueira e 22.903 na UPA Arapiraca.
Entre os assistidos está a cabeleireira Jéssica Pereira, de 31 anos, que procurou a UPA Jaraguá em busca de atendimento pediátrico para seu filho, de apenas um ano. “A gente chegou aqui, passou pela classificação e, depois que as pessoas em estado mais grave foram atendidas, Danilo, que estava com dor de ouvido, foi medicado e realizou o exame de sangue. Os atendimentos foram todos ótimos, desde a recepção até a enfermaria”, ressaltou a mãe do pequeno.
Já Rita Muniz, de 68 anos, também esteve na UPA Jaraguá para acompanhar a avó, Maria Muniz, de 98 anos, que apresentava tosse e secreção. “Sempre que ela precisa, eu trago ela aqui e não tenho do que reclamar. Ela já veio muitas vezes, porque reina demais. Da última vez ela quebrou o braço depois de ter levado uma queda, porque estava reinando no guarda-roupa”, relatou a neta da nonagenária, que é hipertensa e portadora da Doença de Alzheimer.
De acordo com o secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda, os exemplos do pequeno Danilo e da idosa Maria Muniz comprovam a alta resolutividade das UPAs. “Além de serem eficientes na assistência pré-hospitalar de urgência, as UPAs evitam que a Rede Hospitalar fique superlotada, porque apenas os pacientes que agravam são encaminhados para os hospitais para receberem atendimento de Alta Complexidade”, salientou.
Quando procurar as UPAs
A diretora da UPA Jaraguá, enfermeira Maryana Costa, ressaltou que as UPAs oferecem atendimento pré-hospitalar 24 horas por dia, todos os dias da semana, para resolver a maior parte das urgências. “Além de resolver grande parte das urgências, realizamos exames laboratoriais e de radiografia”, salientou a gestora.
As UPAs prestam assistência intermediária entre a Atenção Básica, cuja responsabilidade é das Secretarias Municipais de Saúde (SMSs), e a Alta Complexidade, que são as unidades hospitalares. Nas UPAs os usuários podem resolver grande parte das urgências, como pressão e febre alta, fraturas, cortes, infarto e derrame.
“Vale ressaltar que a ordem de chegada não é o critério analisado para que o paciente seja atendido. Para isso, ele passa por uma triagem, onde é observada a gravidade de cada caso e, para isso, utiliza-se o Protocolo de Manchester, que foi criado na década de 1990 e considera parâmetros como intensidade das dores, sinais vitais, sintomas do problema apresentado, índice de glicemia e o quadro clínico”, explicou Maryana Costa, ao ressaltar que, durante a triagem, os usuários recebem pulseiras que podem ter as cores vermelho, laranja, amarelo e azul.
O que significam as cores das pulseiras:
– Vermelho: emergente
– Laranja: muito urgente
– Amarelo: urgente
– Verde: pouco urgente
– Azul: não urgente